PONTUAÇÃO DE UMA VIDA

Li recentemente um texto num “blog amigo” sobre tomadas de decisões e pontos finais. Este texto veio bem a calhar como fonte de inspiração para o que vos escrevo no presente.

Vivi a muitíssimo pouco tempo esta estória de decisões de vida, do que fazer, aquela velha frase; “E agora José?” Pois bem, curioso que uma pessoa muito amada vive essa situação agora, teve que tomar uma decisão que com certeza mudou o rumo de sua história. E que bom que ela pode mudar o rumo, isso mostra que ELA está escrevendo sua história com o próprio “papel e lápis”.

As decisões que tomamos na vida nem sempre são as melhores, nem sempre agradam, nem sempre parecem corretas mas, têm que ser tomadas! É o caso, agora me retratando ao texto do blog que li, de colocar pontos finais na vida. Nossa vida pode ser visualizada como um imenso texto que estamos escrevendo. Sabemos que, ao menos no complicado vernáculo português é assim, a pontuação é algo importantíssimo e que muda o sentido de uma frase totalmente. Pois na vida também é assim, temos que pontuar nossa vida corretamente. Aonde se fizer necessário abrir um parêntese, que se abra e se faça uma consideração sobre o texto principal. Aonde se fizer necessário colocar vírgulas, que se coloque para que a seqüência seja quebrada, para que se tome fôlego e a frase tenha seguimento. Aonde se fizer necessário deixar reticências, que sejam deixadas, por piores e mais covardes que elas se apresentem pois, não nos dizem nada, não mostram que a frase terminou e ainda obscurecem o que viria depois. E, para finalizar, um dos sinais mais importante que trato aqui: saber aplicar corretamente um ponto final. A pontuação que põe fim em tudo, que delimita uma frase, uma fase, que expressa o sentimento de fim.

Já coloquei muitos pontos finais na minha vida, já tive que apagar alguns (que bom que não havia escrito de caneta estas partes...), outros estão aí em definitivo quebrando sequências de minha vida mas, o importante é que pontuei sim. Por diversas vezes, assim como acontece na língua portuguesa, a pontuação não é bem empregada e muda o sentido de algumas frases, fases, mas ela tem que existir para que “não deixe margem aos leitores interpretarem da forma que quiserem aleatoriamente” afinal, quem está escrevendo?! Quem está querendo se fazer compreendido e escrever uma história?!

O importante é não sermos tão comedidos em nossa vida e ousar pontuando cada frase, fase, sabendo que o sentido que será dado a partir dali fora criado por quem escreveu e não por quem interpretou.

Se for o caso, sejamos Adonirans Barbosas da vida, escrevendo errado por linhas tortas mas, que venhamos a escrever.

Sejamos corajosos ao pontuar. Dessa forma saberei que estou fazendo algo e a partir dali, que existe de minha parte um engendo.

A escrita de uma vida também não deve ser algo tão solitário sempre, quando for o caso, por que não fazer como a Poeta Márcia Maia, escrever a dois, também vale a pena... Por que não....?!