Tempus fugit, vita brevis- Live life!

Traduzindo o título: O TEMPO PASSA, A VIDA É BREVE- Viva a vida! E é por isso que eu não quero passar "em branco" pela vida, a não ser que o fundo de onde eu venha escrever seja preto, assim como esse! Eu escrevo, vocês lêem, combinado?!

sexta-feira, janeiro 19, 2007

O CAUSO DAS VILGE

Vô falar agora duma proza que tá rodando mais que matuto perdido na capitá e num bucado de bêra pur onde eu vô, eu já ouvi falá....

Certo dia ouvi falar nessa tal de “vilge” e cunversando cum meu bisavô que é chei de sabênça, contô pra eu que isso era uma coisinha curtinha curtinha, que nem carça de anão. Ele inda disse que a muierada carregava esse negóco que tinha vê cum tar de cabaço no mei das perna e que esse troçim era miudinho assim que nem dedo mindim de minino. Inda me contô que esse tarzim fazia quarquer homi virá minino pidão e ainda fazia eles gemê sem senti dô (oxe, e isso pode é?!) e que os homi era tudo doidin por esse negóco.

Meu bisa contô que no tempo dele tinha de tuia desses troço, tinha mais que chuchu em serra, era coisa pra se enchê uns 3 pra 4 balai. Os pai de famia do interiô guardava as danada da vilge cum todo o cuidado pruque se a danada se sortaçe era um rebuliço que só vendo, era disgraçera pra famia todinha.

Naquele tempo, tinha inté um rituá prumode de cabá cum esse tarzim do cabaço detão importante que ele era, será que esse danado já foi prefeito de algum interior? Pois bem, e pra isso o homi tinha que casá com a muié, acho que era pruque desse jeito o troçim tava benzido cum água benta e num fazia mar ninhum, né mermo?! Só sei que o homi tinha que matá o danado do cabaço a paulada (incrusive cum pau firme, forte e rijo que nem cipó de goiabera) e o cabra tinha que ser valente que nem galinha choca. Antes do rituá de tão importante que era, os homi tomava uns 3 litro de garrafada das boa, as muié ficava bunita e xerôsa, mais arrumada que pintiadera de rapariga. Inda peguei a danada da receita e vô informá agora procês tudin: ocê faz uma mistura de catuaba, mendoin, mistura ainda cum gemada de ovo de galinha, mas tem que ser de capoêra, maracuaba, capingueira rastera e batata de puiga- bate tudin num tacho de ferro, mas tem que ser ferro mermo, e deixa curti umas 5 hora antes do xamego. Só sei que o negóco era tão sério que quando num se conseguia matá o tar do cabaço a muié ficava mais braba que galo de rinha, e aí era que morava todo perigo do negóco...

Cum tempo passando, os homi foro tudo ficando chei de libertinage e as receita das garrafada se ispaiôh, foi aí que cumeçô a matança dos cabaçin tudin... Apois fôro morrendo de um em um até que... Até que praticamente cabô, hoje mermo, quase num tem por aí, num se vê mais aqueles balai de vilge que meu bisa me contô que tinha, eu mermo nunca vi uma dessas não sinhô. Tem um cumpadre, Binidito, lá da venda de nenêm, que disse que tem um dono dum sítio que mora lá pras bandas de Caicó, que tem uma vilge mais guardada que cueca de padre, embrenhada numa casa de taipa protegida à unha pelo pai que é um sinhô danado de brabo, um homi deretcho e séro que nem poico mijano! Só sei que ele disse que o cabaço da fia dele só homi de respeito e valentia é que vai pegá, e num dianta insisti sinão ele manda fala com zé bocão. Pense num homi brabo!!!

Só sei que inda prozeiam que os homi começaro a pegar as bichinha das vilge inda novinha demais e aí cabô que sumiro tudin, acho que prumode que elas num pudero dar cria, né mermo?! Dissero inda dotras coisa pro sumiço desses negocin, inxiste uma bera que diz que a tar das libertinage dos homi que contei tem parte da cuipa, inda contam tumém que os fogaré nas pranta, aqueles que quandi vão queimá os canviá, inda tem um tar de defeito na pantufa (sei lá que danado de troço é esse úrtimo daí, foi um dotô da capitar que falo preu) e que tudo isso juntim cabô com as vilge e agora só inxiste dessas coisinha im lugar bem iscondido nos interiô brabo.

Eu num agarantcho não sinhô mais eu num credito nesse troço daí não, pra mim isso é tudo causo popular que nem mula-sem-cabeça, neguin do pastorei, cumade maria frozinha, papa-figo, homi do saco, saci pererê... Se bem que papa-figo até tinha um lá pelas bandas donde eu morava, era um danado dum homi féi que nem cachorro cum dô de barriga quando tá se cagando e que tinha a cara marelada que nem cuicuz mas vilge, vixe... Isso eu nunca vi não!!! Mas se um dia um troço desse pulá na minha frente, eu me atraco com ela, amarro a danada e só sai de cima da bichinha quando ela pedi arrêgo!!!

Será que esse troço é brabo mermo?! Volte, varei, vixe.... Danou-se!!

(Este texto nasceu de um e-mail trocado no grupo virtual dos maravilhosos amigos da Loba)

19 Comentando o que pensam:

  • At 6:03 PM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Eii passando p/ e convidar vc a conhecer minha sala de biblioteca.A cada semana colocarei um selo que ja existe na lateral de meu blog ,no primeiro post p/ vc conhecer as possibilidades que ele pode te oferecer.
    Esta semana esta a sala de biblioteca, onde vc tera jornais em tempo real de qualquer parte do mundo,busca de cep,
    páginas jurídicas,auxilio a lista,sinopse de jornais, livraria, cartões , revistas, manchetes, pesquisa, + de 350 dicionarios e 211 idiomas, tradutor etc....
    Ufa só você vendo mesmo....
    Ofereço o award blog nota 10 e o award felicidade do lua em poemas e convido a fazer a inscrição p/ ser destaque.
    Bjs e um ótimo final de semana.

     
  • At 7:11 PM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Meu caro amigo Adônis.
    Não é que vim chegando e percebi um certo alvoroço ali logo na entrada, não se espante, entrada do seu canto,o blog. Muito coroa desacorçoado, todos com cara de tacho e outras vasilhas menos nobres. Discutiam, principalmente os solteirões e descasados, sobre a difilcudade que tem tido para encontrar cabaços que possam ser rompidos para satisfazer seus desejos. Mas, não muito longe, logo ali atrás do coreto, um grupo até que grandinho de meninas e meninos, ria de se escangalhar, rolava pela grama e até na areia. A maior tinha 14 anos, peitinhos salientes, de bicos durinhos, coxas grossinhas e que joelhos... quase uma mulher feita, ah, sim mulher... seu cabacinho havia ido para o espaço uns dois anos antes e menina alguma ali e na cidade carregava tal selinho. Sacaneavam de longe os coroas porque só os adolescentes hoje, são senhores da pecinha requestada pelos mais velhos; ficando aqui ficando ali nada fica na frente do ponto G, que posto a descoberto pelas cortinas descerradas diz ao mundo que é um artigo globalizado.
    Um forte abraço pela abordagem do assunto.

     
  • At 9:55 PM, janeiro 19, 2007, Blogger Sheila said…

    Muito bom o texto, moço. Muito mesmo! KKKK

    Beijos!

     
  • At 10:38 PM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Vilge!

    Iêu, quinda pensei qui nus interiô pudia tê arguma sobranu. Mais veju qui a única é a tar quiocê falô, lá pras banda di Caicó, vigiada pelu pai e prometida prum cabra macho daqueles quinda num si apresentô pro tar do véi mais brabo qui poico mijano. Mais já ti disse, amigo véio: sincontrá duas, mi manda uma qui dô um trato. I si eu incontrá duas, ti mando uma, cumbinado ansim?

    Abração, véi. Inté.

     
  • At 10:47 AM, janeiro 20, 2007, Anonymous Anônimo said…

    E não é que o vilge rendeu. A loucura de todos acaba refletindo, mas pode gerar um belo assunto, misturando o folclore com a Casa da Mãe Joana virtual.
    Pior para os seus leitores que, no final, não vão entender nada.

     
  • At 3:00 PM, janeiro 20, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Maninho de minhalma, como homem é complicado: como eu sabiamente informei lá no grupão, vilge é mulher que nunca teve uma relação sexual totalmente levada a cabo. Ou seja, nunca topou com um cabo. Ou não, pode existe o tal rastro, né? Enfim, vilge é uma fuuuuu.... Ou melhor, é a que nunca foi fu... Ah, Doni, vc sabe! rs. Bjão, Belo!

     
  • At 7:51 AM, janeiro 21, 2007, Anonymous Anônimo said…

    ri muito, vc é doido kkkkkkkkkk
    as sra. mães tem que fazer como a minha fez, pariu eu em setembro, pra modo de eu ficar vilgemmm pro resto da vida, rss

    Um beijo grannnndeeeeeee!!!

     
  • At 9:06 PM, janeiro 21, 2007, Blogger Laura said…

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Li de novo e ri de novo. Manda pro Jesiê Quirino (escreve assim?) Então... muito bom o texto, muito mesmo! Ficou a curiosidade: você já se deparou com uma "vilge"? Beijos no coração. Love you

     
  • At 1:02 PM, janeiro 24, 2007, Anonymous Anônimo said…

    To danada rindo aqui Doni querido, qta imaginação, qta criatividade, tá vendo o que uma "vilge" é capaz de fazer com a "cabeça" do "homi".... rsrsrsrsrs, vou parar, senão começo falar besteiras....rsrsrsrs, beijão lindo Belo!

     
  • At 3:39 PM, janeiro 24, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Gente como é que pode hein.
    Será que este troço ainda exite mesmo.
    Sei não sô, hoje em dia ta dificil mesmo.
    As munherada não quer mais esperar pra casar.
    Bom só assim é menhor né sô, pois nós podemos escolher e ver que pau mata melhor kkkkkkkkkkkkk.
    Mais eu vou te contar deste tal de fortificante se não ajudava o bicho ficar rijo, pelo menos dava uma tremenda caganeira hein sô.
    Ai valeu hein gato.
    Beijocas.

     
  • At 4:34 PM, janeiro 24, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Amigo

    Amei o texto, muito bom mesmo, e além disso é a tua cara.kkkkkkkk
    Vilge ainda existe, é só procurar direitinho
    beijos

     
  • At 4:55 AM, janeiro 26, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Belo querido! Depois d eler seu texto vou correndo ler a "grandiosa" produção deste AO! rs... E não é que ficou legal demais? Surpreendeu como contador de "causos", viu? rs...
    Queridinho, tou até aqui de saudades, ó! E devagar como uma tartaruga em desova...rs... mas feliz demais em saber que vcs continuam com o grupo e que as amizades estão cada vez mais fortes.
    Um grande beijo e obrigada pelo carinho, viu? Vc é muito querido!!!!

     
  • At 11:30 PM, janeiro 31, 2007, Blogger Unknown said…

    Saudações!
    Bela prosa, me sentí em um programa do Rolando Boldrim. Sobre o assunto tratado nunca ví nenhuma, ararinha azul também não. Grande abraço!

     
  • At 12:49 PM, fevereiro 02, 2007, Anonymous Anônimo said…

    E aí, vamos atualizar...??!!??!! Beijos Belo

     
  • At 7:31 PM, fevereiro 02, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Adônis, é de morrrer de rir esse "trocin" tão procurado... e não mais achado! Vilge! Primor de texto. Parabéns pelo humor da abordagem. Abraços e ótimo fim de semana.

     
  • At 11:04 PM, fevereiro 03, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Ainda obrando, meu amigo?

    A muglierada tá que tá de tanta saudade, só perguntando: cê viu o Doni? Por onde anda o Belo? Cadê ele? Será que a obra engoliu?

    A Dira, desesperada, clamando pelo marido nº 2 ( Nº 1 sou eu). Enquanto isso, eu, o nº3 (Migué)e o nº 4 (Lino) vamos dando um jeito na substituição. O nº 5 (.....) se mandou e deixou a moça nas nossas mãos. Cê tá fazendo falta...

    E aquí? Cadê texto novo? Não tem? A obra não permite? Cuidado, hem? Vai acabar perdendo o lugar...

    Abração, amigo.

     
  • At 6:08 AM, fevereiro 04, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Eu tenho uma aqui, não sei por quanto tempo, mas tenho 3 homens brabos na porta vigiando 24 horas por dia. Não tenho esperancas sei que dai a uns 5 anos ela me escapa...
    Muito bom o texto , ri tanto que o marido quiz saber o porque, mas dificil de explicar.
    Abracos

     
  • At 9:12 PM, fevereiro 09, 2007, Anonymous Anônimo said…

    ... e aí? nao vai atualizar não? bjos

     
  • At 4:50 PM, fevereiro 11, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Adônis. Agora que apareci nesse seu espaço e quase morri de rir do "causo" das "vilge"...rs Mas, vou lhe dizer, à primeira leitura, estranhei tanto a "língua portuguesa", que precisei ler em voz alta para entender. É um verdadeiro "dialeto"!!
    Você é mestre nesse linguajar. Muitíssimo interessante! Digno de um estudo de lingüistas! rs
    Gostei mesmo!
    Parabéns.
    Abraço grande!
    Dora

     

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