Tempus fugit, vita brevis- Live life!

Traduzindo o título: O TEMPO PASSA, A VIDA É BREVE- Viva a vida! E é por isso que eu não quero passar "em branco" pela vida, a não ser que o fundo de onde eu venha escrever seja preto, assim como esse! Eu escrevo, vocês lêem, combinado?!

quarta-feira, novembro 02, 2005

DESEJO DESDE O INÍCIO

Após as festas de fim de ano, aquela era até então uma tarde tranquila e calma de um dia como outro qualquer de início de um novo ano. Tarde quente, o sol brilhava forte para aquele casal que era cúmplice em seus desejos.

Estão em casa deitados na cama de seu quarto, outras pessoas na casa descansam depois das comemorações das festas do fim de ano. Eles conversam tranqüilamente deitados em uma cama, olhares fixos e penetrantes, rostos colados, beijos trocados, as mãos soltas começam a desenhar as curvas do desejo. Os beijos começam a ficar mais intensos, a respiração fica mais ofegante, o corpo já balança num vai e vem frenético, descompassado. As pernas se juntam como forma de tentar conter o tesão que teima em saltar mas, não há como. Ali já estava decretado que o desejo iria ser o mandante das ações daqueles dois.

Os olhares se cruzam apenas entreabertos, suas faces já expressam suas intenções, o corpo transpira desejo. Ela, de vestido longo, solto, ele, apenas de short.

As mãos continuam a deslizar por aqueles corpos, são guiadas para sensações únicas, pernas, coxas, quadris, seios... Ele agarra-lhe firme pela nuca e beija-lhe com força, ela não tem como escapar, faz-se refém daquela situação. Ele desce a mão e percorre um rio caudaloso que transborda prazer. Ela geme... Ela segura firme sua pulsação e sente como se o coração dele estivesse na palma da sua mão, ele morde os lábios...

Os corpos se mechem freneticamente, são dois corpos mergulhados em perfume, suor e prazer. A boca dela é a sua busca e o seu corpo o refúgio que ele tanto almeja naquela hora. Tentar definir o amor e o desejo que tomam conta daquela situação é meramente impossível, apenas sentem. Ele tenta seduzi-la ainda mais com seus dedos. Doce e amargo, frio e quente, claro e escuro, áspero e liso, tudo é experimentado durante aqueles momentos.

Ele declama aos seus ouvidos palavras misturadas com gemidos de prazer... Diz com a língua em sua boca o real significado de querer tê-la...Ele percebe a resposta do corpo dela ao seu chamado... Ele sente o arrepio da pele dela quando as suas mãos a tocam... Ele agora quer ser saciado com o mel dela...

Já não conseguem mais segurar, a ousadia invade seus corpos e toma conta da situação. Ela vai para um quarto nos fundos daquela casa aonde os olhares curiosos não possam chegar, ele segue logo atrás. Ao abrir a porta, ele presencia aquela que é uma das imagens mais lindas, instigantes e excitantes presenciadas até então, ela, ainda de vestido fechado porém já desabotoado e ao entrar no quarto, ela abre “o manto” que revela seu corpo nu, belo, erótico, excitante. Ele morde os lábios, atira-se naquele abismo de desejos.

Ele sente o gosto do desejo que aquela mulher exala, delicia-se beijando todo o seu corpo. O vestido cai, já não é mais necessário. Ela geme, fecha os olhos, lambe os lábios, segura-lhe firme a cabeça. Ela vira-se de costas, fica em posição para ser dominada por aquele homem, ele a encosta na parede e invade aquele mar de umidade que quase escorre por suas coxas. Ela geme baixo, gemidos contidos, ele trava os dentes como se fosse explodir de desejos Os movimentos dos corpos são intensos, a cada ida o sangue ferve mais, a cada vinda o coração bate mais forte. O encaixe é perfeito, são feitos um para o outro. Ele agarra-lhe pela cintura, trava suas mãos como que estivesse dominado uma montaria que quer fugir ao seu controle. Ele sabe aonde tocar-lhe para aumentar o prazer dela, ela sabe o que fazer para provocar o gozo, são cúmplices, amantes, parceiros na busca por um prazer ilimitado. Tudo é rápido e com grande intensidade e logo eles deliciam-se num gozo que parece não ter fim. Ele despeja dentro dela o resultado de suas carícias, beijos, toques, palavras sussurradas, ela recebe tudo com gratidão e “prazer” e “bebe” todo o líquido...

Seus corações palpitam forte, o corpo ainda está quente, a respiração é ofegante, diante de tanto silêncio, parece um barulho ensurdecedor, as pernas ficam trêmulas.

Eles vestem-se novamente, voltam para o quarto. Voltam a cama aonde tudo começou mas, não na mesma condição, agora, seus corpos estavam saciados. As pessoas continuam dormindo, a tranqüilidade e o silêncio pairam naquela casa.

Ele imagina: “Quem sabe as pessoas que dormiam estivessem sonhando com um amor sem barreiras, sem fronteiras, que siga instintos, dos mais primitivos possíveis...”

“Quisera o mundo ver que ser teu é a minha razão...
Que seu prazer é o meu prazer...
Que na dor encontro você...
E com alegria me entrego de vez...
Poucas conseguem...
Poucas entendem...
Poucas atingem...
Louco...
Insano...
Dado...
Pertenço-te...
Venha...
Permita-me...
Deliciar-me com você...”

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