SENTIDOS
Pessoas que passam
Que olham, observam
Começo frio
Dia que começa depois do negro nos olhos se calarem
Sala grande, pouca gente
Sala pequena, muitos sentimentos
Como de súbito, acuado, sem poder explodir
Nessa quina de parede, o dia vai se mostrando
E onde está?
Busco inspiração, como outrora tivera para exercitar o corpo
Todavia, não preciso de inspiração para transcrever outras tantas linhas, elas saltam
Correm para o teclado, e se amostram nesta tela sem originalidade
Misturo sentimentos, junto desejos
Ah desejo... fugiste e deixaste espaço grande!
Ou o espaço é que é tão grande que é maior que o desejo?
Desejo perene, teimoso, viril
Desejo bom de sentir
Desejo bom de curtir
Desejo bom de desejar
Desejo bom de fazer, amor...
Procuro imagem que me dê alívio
Ôh nostalgia teimosa!
Tem não
O alívio, é longe, distante
Para a alma, para o corpo
Embrenha-me n’alma esse sentido
O corpo suplica, amor
Os sentidos tomam rumo de uma só direção
Os olhos vêem o que não se apresenta
O corpo quer embriagar-se com as cenas
Muitos sentidos
Realizações poucas
O torpor alheio não é bem vindo
Ôh pauperismo, passar a mão no próprio cabelo
Ôh pauperismo, ter que sentir tudo tão sorrateiramente
Minha prolixidade já me enche!
O dia vai terminar mais uma vez com o negro nos olhos
Aliás, que dia complicado...
(Belo, Adônis- em 13/07/05, às 07:50H.)
CARACA DOLA!!!!!!! TU TÁ ESCREVENDO CADA COISA MASSA. ESCREVE UMA PRA MIM, POR FAVOR!
SUA MANINHA TE AMA MUITO.